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31.10.08
Boneco de Lego gigante ataca novamente
Um boneco de Lego gigante apareceu misteriosamente na praia britânica de Brighton, nesta quinta-feira (30), causando espanto à população local. O brinquedo de plástico, que mede cerca de 1,8 metro, é amarelo, tem calça vermelha e blusa verde. “É muito estranho, só deus sabe como ele veio parar aqui. Alguns dizem que veio da Holanda, pois ele tem palavras escritas em holandês. Deve ter caído de um barco”, disse Gerry Turner, 34, que mora em Brighton.
Segundo a publicação “Daily Mail”, um porta-voz da cidade afirmou que a prefeitura não faz idéia da origem do Lego e que não se opõe em manter o boneco no mesmo lugar. “Será interessante ver quanto tempo ele fica lá. Vamos ficar de olho”, disse.
Essa não é a primeira vez que um boneco gigante desse tipo aparece na praia. O modelo encontrado em Zandvoort (Holanda) no ano passado tinha 2,5 metros. Na ocasião, também não souberam explicar de onde surgiu o brinquedo.
fonte: G1
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23.10.08
Cagar Sempre Foi Uma De Minhas Maiores Predileções (Distraídos Venceremos)
por Ari Timóteo Almeida Pinto
Durante meu período de suspensão criogênica a comunidade do Manual Prático de Delinquência Juvenil no Orkut foi abonada às traças. Nesse período uma traça chamada Federalista leu o livro e soltou este singelo comentário:
"li o manual
e descobri que há só rebeldia sem causa..
lamentavel "
O Felipoe respondeu o comentário de uma forma meio agressiva. Em nome da pluralidade de pontos de vista não sou muito adepto dessa tática. Vou explicar aqui o que hoje penso a respeito.
A respeito da acusação de rebeldia sem causa, não colocaria a coisa bem nesses termos. Bom, talvez sim, mas só para o caso de que ali o que ocorre é a mais absoluta e insolente indiferença política. A subversão, no caso, consiste em fazer desta indiferença uma ferramenta de inversão de perspectiva. Ao invés de fazer de si mesmo um instrumento para a Revolução, fazer a Revolução ser instrumento para si mesmo. O inimigo está em nós e a nossa vida é o campo de batalha.
Se a situação não for analisada sob esse prisma, resta o desejo de mudar o mundo
Só que pouca coisa pode ser feita para mudar o mundo, mas talvez exista um consolo para esse fato, o mundo provavelmente não quer saber desse negócio de mudança. Isso talvez explique o porque das órbitas planetárias serem tão estáveis. Talvez e mais uma vez talvez, essa coisa de mudar o mundo não seja nada além de pura e simplesmente vaidade. Aliás, uma vaidade pueril, diga-se, pois pressupõe uma superioridade sobre todo o resto das pessoas que simplesmente não liga, que simplesmente querem viver suas vidas e serem felizes na medida do possível. Como se isso fosse pouco. Como se isso não fosse a única coisa que valesse a pena tentar.
Acredite, para quem quer mudar o mundo, a busca pela felicidade individual é individualismo, alienação e mais uma série de adjetivos que seria por demais enfadonha listar aqui. Há algo de muito errado nisso.
As verdadeiras revoluções não foram feitas por quem partiu dessa premissa. As grandes revoluções foram feitas na cagada.
Vou citar um exemplo, o incensado Sgt. Peppers dos Beatles não foi o grande disco revolucionário de 1967, quem fez o grande disco daquele ano provavelmente o fez sem essa intenção, era o Velvet Underground. Outro exemplo foi a Revolução Francesa, que a única coisa que deixou de relevante foi aquele hino nacional trimassa.
Durante meu período de suspensão criogênica a comunidade do Manual Prático de Delinquência Juvenil no Orkut foi abonada às traças. Nesse período uma traça chamada Federalista leu o livro e soltou este singelo comentário:
"li o manual
e descobri que há só rebeldia sem causa..
lamentavel "
O Felipoe respondeu o comentário de uma forma meio agressiva. Em nome da pluralidade de pontos de vista não sou muito adepto dessa tática. Vou explicar aqui o que hoje penso a respeito.
A respeito da acusação de rebeldia sem causa, não colocaria a coisa bem nesses termos. Bom, talvez sim, mas só para o caso de que ali o que ocorre é a mais absoluta e insolente indiferença política. A subversão, no caso, consiste em fazer desta indiferença uma ferramenta de inversão de perspectiva. Ao invés de fazer de si mesmo um instrumento para a Revolução, fazer a Revolução ser instrumento para si mesmo. O inimigo está em nós e a nossa vida é o campo de batalha.
Se a situação não for analisada sob esse prisma, resta o desejo de mudar o mundo
Só que pouca coisa pode ser feita para mudar o mundo, mas talvez exista um consolo para esse fato, o mundo provavelmente não quer saber desse negócio de mudança. Isso talvez explique o porque das órbitas planetárias serem tão estáveis. Talvez e mais uma vez talvez, essa coisa de mudar o mundo não seja nada além de pura e simplesmente vaidade. Aliás, uma vaidade pueril, diga-se, pois pressupõe uma superioridade sobre todo o resto das pessoas que simplesmente não liga, que simplesmente querem viver suas vidas e serem felizes na medida do possível. Como se isso fosse pouco. Como se isso não fosse a única coisa que valesse a pena tentar.
Acredite, para quem quer mudar o mundo, a busca pela felicidade individual é individualismo, alienação e mais uma série de adjetivos que seria por demais enfadonha listar aqui. Há algo de muito errado nisso.
As verdadeiras revoluções não foram feitas por quem partiu dessa premissa. As grandes revoluções foram feitas na cagada.
Vou citar um exemplo, o incensado Sgt. Peppers dos Beatles não foi o grande disco revolucionário de 1967, quem fez o grande disco daquele ano provavelmente o fez sem essa intenção, era o Velvet Underground. Outro exemplo foi a Revolução Francesa, que a única coisa que deixou de relevante foi aquele hino nacional trimassa.
21.10.08
Propositadamente
por Santaum
Esqueça tudo. Esqueça que o homem foi à lua, que fez as pirâmides e o mausoléu de Helicarnasso, que inventou o futebol e que existe copa do mundo. Esqueça a matemática e os cálculos. Esqueça a filosofia e todas as outras ferramentas do conhecimento. Esqueça a linguagem. Não pense. Não converse. Não leia. Despreze tudo. Faça um off na sua cabeça.
Tente. Tente. Você chega lá. Ponha momentaneamente um branco na sua cabeça. Livre-se do mundo, dos vícios, livre-se dos imperativos, esqueça essa sociedade chata e abarrotada de valores bobos. Esqueça a sua posição hierárquica que alcançou, apesar de se achar e se vangloriar que, mesmo não sabendo disso no futuro, entrará para a história.
Corra. Corra. Corra para o nada. Espere o nonada e não o aceite quando isso ocorrer. Enxergue o mundo de outra maneira. Pense agora. Não, não pense. Pense. Fale. Não Fale.
Despreze o mundo, a sociedade, nossos valores morais, tudo. Esqueça que tem nome, CPF e que se inscreveu em um sítio de auto-ajuda na internet. Esqueça os arquivos em PPT que ficaram na sua memória. Principalmente daqueles seus amigos recém-internautas que lhe enviaram.
Pense agora. Não, não pense. Pense. Fale. Não Fale.
O que podem fazer os imperativos, hã? Tampouco as contradições.
Esqueça tudo. Esqueça que o homem foi à lua, que fez as pirâmides e o mausoléu de Helicarnasso, que inventou o futebol e que existe copa do mundo. Esqueça a matemática e os cálculos. Esqueça a filosofia e todas as outras ferramentas do conhecimento. Esqueça a linguagem. Não pense. Não converse. Não leia. Despreze tudo. Faça um off na sua cabeça.
Tente. Tente. Você chega lá. Ponha momentaneamente um branco na sua cabeça. Livre-se do mundo, dos vícios, livre-se dos imperativos, esqueça essa sociedade chata e abarrotada de valores bobos. Esqueça a sua posição hierárquica que alcançou, apesar de se achar e se vangloriar que, mesmo não sabendo disso no futuro, entrará para a história.
Corra. Corra. Corra para o nada. Espere o nonada e não o aceite quando isso ocorrer. Enxergue o mundo de outra maneira. Pense agora. Não, não pense. Pense. Fale. Não Fale.
Despreze o mundo, a sociedade, nossos valores morais, tudo. Esqueça que tem nome, CPF e que se inscreveu em um sítio de auto-ajuda na internet. Esqueça os arquivos em PPT que ficaram na sua memória. Principalmente daqueles seus amigos recém-internautas que lhe enviaram.
Pense agora. Não, não pense. Pense. Fale. Não Fale.
O que podem fazer os imperativos, hã? Tampouco as contradições.
19.10.08
Como a polícia pode ser ontologicamente pior para o crime
Vamos supor um labirinto.
Neste labirinto você é um elemento A, vagando por entre seus complexos corredores.
No mesmo labirinto encontram-se várias pessoas do tipo B, e, vamos supor, a metade dessa quantidade de Bs do tipo C.
Bs e Cs tem algo que A não tem, e A quer pegar. Entretanto, se A tentar pegar com um C, ele acaba preso. Se A tentar pegar com B, e C ver, ele será preso também. Logo, qual é a estratégia para pegar o que B tem? Ora, observar os Cs e aproveitar os momentos em que B ficar por tempo sufciente sozinho para que possa pegar o que B tem.
O que acontece é que esse é um sistema previsível: você sabe o que deve evitar e é fácil reconhecer o que evitar; o alvo também se torna claramente distinguível.
Agora, se não fosse possível distinguir Bs de Cs - se fossem todos Ds, nenhum deles parecendo ter as características de um C - mas ainda assim, você sabe que alguns têm características de C. Seria mais fácil ou mais difícil pegar o que B (ou, nesse caso, D) tem?
Neste labirinto você é um elemento A, vagando por entre seus complexos corredores.
No mesmo labirinto encontram-se várias pessoas do tipo B, e, vamos supor, a metade dessa quantidade de Bs do tipo C.
Bs e Cs tem algo que A não tem, e A quer pegar. Entretanto, se A tentar pegar com um C, ele acaba preso. Se A tentar pegar com B, e C ver, ele será preso também. Logo, qual é a estratégia para pegar o que B tem? Ora, observar os Cs e aproveitar os momentos em que B ficar por tempo sufciente sozinho para que possa pegar o que B tem.
O que acontece é que esse é um sistema previsível: você sabe o que deve evitar e é fácil reconhecer o que evitar; o alvo também se torna claramente distinguível.
Agora, se não fosse possível distinguir Bs de Cs - se fossem todos Ds, nenhum deles parecendo ter as características de um C - mas ainda assim, você sabe que alguns têm características de C. Seria mais fácil ou mais difícil pegar o que B (ou, nesse caso, D) tem?
18.10.08
Ofensivo = Efetivo?
Se não é fora da lei, é inofensivo.
Mas quão útil e efeitvo é o ofensivo? Pelo menos na época em que nos encontramos?
Mas quão útil e efeitvo é o ofensivo? Pelo menos na época em que nos encontramos?
17.10.08
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"Por que gente natureba está preocupada em retardar a velhice e até evitar a morte? Nada é mais natural do que morrer, afinal." - Marcelo Träsel
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"Por que gente natureba está preocupada em retardar a velhice e até evitar a morte? Nada é mais natural do que morrer, afinal." - Marcelo Träsel
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15.10.08
Pernalonga e meditação: tudo a ver!
por A Furiosa
Em teoria da comunicação, "ruído" é toda expressão que se pode jogar fora, pois ela só atrapalha a captura do significado que se pretende enunciar. É joio, não trigo. É enfeite, sobra, filigrana besta, desvio não essencial. Pois é: o que se fala por aí é só ruído, o sentido se perdeu. Não se pode dizer que isso foi produzido, de fio a pavio, como manipulação ideológica todo o tempo, mas pode-se afirmar que ela deu uma imensa e decisiva contribuição para que se tenha chegado novamente às cavernas, pela via da "inversão evolutiva", estágio em que a manifestação gutural é tudo o que se pode pretender como sofisticação lingüística. Para os evolucionistas, é uma volta à macaquice, digamos assim...
Em vista disso, complementando o post "marxista" sobre o livro de Bob Black, lembramos que Cristo, ao criticar Marta (vide o evangelho de São Lucas), ótima dona de casa e excelente pessoa, traz à baila não a condenação do trabalho em si, mas a escravização neurótica em que ele pode mergulhar os melhores e mais bem intencionados seres. Em contrapartida, o elogio à Maria, nesse mesmo episódio bíblico, é a proposta de um oásis verbal em meio à atarefada rotina do cotidiano, o que vem a ser uma drástica ruptura com o tal do "ruído", sem a qual a palavra essencial não pode emergir, trazida à vida em um diálogo tecido de silêncio autêntico e audição genuína, o pano de fundo perfeito para a comunicação entre o humano e o divino, em termos cristãos.
Quanto ao zen, lembramos que um dos conceitos mais importantes desse discurso fala de um vazio fértil - estado meditativo a que não se pode chegar sem uma dose cavalar de ócio -, a partir do qual ocorre o surgimento do verbo em seu melhor estilo, o da verdade, o que é impossível de se obter em meio à barulhenta verborragia que costuma acorrentar a maioria dos seres humanos.
Dessa forma, tanto o Budismo como o Cristianismo falam da necessidade de se limpar a mente, habitualmente estagnada num pântano de vícios verbais, o que só se obtém pela ruptura com a algaravia em que o homem-massa é aprisionado desde que vem ao mundo.
Ou seja: a premissa para se alcançar um estado mais perfeito de consciência passa pelo combate a todos os tipos de apego, inclusive o apego ao trabalho, o que vem ao encontro das análises de Bob Black, em seu Groucho-marxismo.
That' s all, folks!
Em teoria da comunicação, "ruído" é toda expressão que se pode jogar fora, pois ela só atrapalha a captura do significado que se pretende enunciar. É joio, não trigo. É enfeite, sobra, filigrana besta, desvio não essencial. Pois é: o que se fala por aí é só ruído, o sentido se perdeu. Não se pode dizer que isso foi produzido, de fio a pavio, como manipulação ideológica todo o tempo, mas pode-se afirmar que ela deu uma imensa e decisiva contribuição para que se tenha chegado novamente às cavernas, pela via da "inversão evolutiva", estágio em que a manifestação gutural é tudo o que se pode pretender como sofisticação lingüística. Para os evolucionistas, é uma volta à macaquice, digamos assim...
Em vista disso, complementando o post "marxista" sobre o livro de Bob Black, lembramos que Cristo, ao criticar Marta (vide o evangelho de São Lucas), ótima dona de casa e excelente pessoa, traz à baila não a condenação do trabalho em si, mas a escravização neurótica em que ele pode mergulhar os melhores e mais bem intencionados seres. Em contrapartida, o elogio à Maria, nesse mesmo episódio bíblico, é a proposta de um oásis verbal em meio à atarefada rotina do cotidiano, o que vem a ser uma drástica ruptura com o tal do "ruído", sem a qual a palavra essencial não pode emergir, trazida à vida em um diálogo tecido de silêncio autêntico e audição genuína, o pano de fundo perfeito para a comunicação entre o humano e o divino, em termos cristãos.
Quanto ao zen, lembramos que um dos conceitos mais importantes desse discurso fala de um vazio fértil - estado meditativo a que não se pode chegar sem uma dose cavalar de ócio -, a partir do qual ocorre o surgimento do verbo em seu melhor estilo, o da verdade, o que é impossível de se obter em meio à barulhenta verborragia que costuma acorrentar a maioria dos seres humanos.
Dessa forma, tanto o Budismo como o Cristianismo falam da necessidade de se limpar a mente, habitualmente estagnada num pântano de vícios verbais, o que só se obtém pela ruptura com a algaravia em que o homem-massa é aprisionado desde que vem ao mundo.
Ou seja: a premissa para se alcançar um estado mais perfeito de consciência passa pelo combate a todos os tipos de apego, inclusive o apego ao trabalho, o que vem ao encontro das análises de Bob Black, em seu Groucho-marxismo.
That' s all, folks!
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Zen-Budismo,
zenarquismo
13.10.08
Ainda no Silêncio...
When we listen as if we were in a temple
“When we listen as if we were in a temple and give attention to one another as if each person were our teacher, honoring his or her words as valuable and sacred, all kinds of great possibilities awaken. Even miracles can happen. To act in the world most effectively, our actions cannot come from our small sense of self, our limited identity, our hopes, and our fears. Rather, we must listen to a greater possibility and cultivate actions connected with our highest intentions from the patient and compassionate Buddha within us. We must learn to be in touch with something greater than ourselves, whether we call it the Tao, God, the dharma, or the law of nature. There is a deep current of truth that we can hear. When we listen and act in accordance with this truth, no matter what happens, our actions will be right.”
~ Jack Kornfield, from A Path With Heart
via dharmalog
“When we listen as if we were in a temple and give attention to one another as if each person were our teacher, honoring his or her words as valuable and sacred, all kinds of great possibilities awaken. Even miracles can happen. To act in the world most effectively, our actions cannot come from our small sense of self, our limited identity, our hopes, and our fears. Rather, we must listen to a greater possibility and cultivate actions connected with our highest intentions from the patient and compassionate Buddha within us. We must learn to be in touch with something greater than ourselves, whether we call it the Tao, God, the dharma, or the law of nature. There is a deep current of truth that we can hear. When we listen and act in accordance with this truth, no matter what happens, our actions will be right.”
~ Jack Kornfield, from A Path With Heart
via dharmalog
10.10.08
Considerações epistemológicas sobre o post anterior
As palavras, que fazem parte da linguagem, não se confundem com simbolos (sym+baylen = união de duas partes de uma moeda), logo, simbólo não é a moeda, não é a palavra, o termo, nem o significante (materialidade da palavra mais sua parte acústica), nem tampouco seu significado. O simbolo é a coninctio, como ressaltado, mas do inconsciente com a consciência. Nesse sentido ele é não apenas plurisignificativo, numinoso, como também misterioso. A morte do símbolo é sua plena revelação.
Cada palavra, pode ser ressaltada a partir de seu protótipo, ou seja, de um modelo-padrão (ex: significado a partir do dicionário), mas, ao sair da virtualidade da linguagem (mosaico linguístico) torna-se idiotípica, ou seja, singular. É na singularidade dessa palavra que em conjunção com outras (doravante, indissociabilidade) forma um mosaico de isomorfos não-triviais (ou seja, um conjunto não ordinário [não identico a si próprio] de semelhanças [como o pertencimento a linguagem] e diferenças relativamente fechadas e relativamente abertas [passíveis de mutação]). São palavras agenciadas a um sujeito em seu processo de individuação, que falam de si além de si. Pedra que não é só pedra, pedregulho da existência, lapis philosophorum, pedra profana, pedra no meu caminho, e cada pedra que precede a pedra contém a pedra-toda, ou, como os número de Fibonacci, seguem um pro-porção em diferença e regularidade.
Existe nesse estado de coisas uma possibilidade de absurdo e não-linearidade. Então a linguagem, em seu múltiplo engano, em sua rota-de-fuga (aproveitando que ainda temos nossos ifens!) encontra a própria trans-cendência, quer dizer, não o além do fenômeno (phainomenon), mas através do seu aparecimento seu "mais-do-que"...
Então, todas as perguntas feitas tem seu sentido pela e através da experiência. Se Deus, enquanto noumeno existe, isso não sei, mas que ele pode ser doce, isso sei que pode, assim como Jah, Iavé, Atmã, Jesus, Buda, etc. podem ter uma realidade animica que vai além do dado na hyle (matéria)... logo, as perguntas tem pleno sentido. Existe vida além da morte? É uma pergunta crucial a uma pessoa que está próxima a essa experiência (experiência como antonimo de vivência).. seja experiência pela linguagem, imagem (Jung dizia que a linguagem nada mais é do que imagem!), ato ou qualquer outro protótipo.
O mapa não é o território, mas o mapa está para além do mapa!
O Véu de Aurélio
por maelstrom5
Onde é minha moradia? Onde nem eu nem tu estejamos.
Onde está meu fim último ao qual devo chegar?
Lá onde nenhum fim se encontra. Então para onde me voltar?
Devo tender para além de Deus, para um deserto.
-Angelus Silesius,
“O Peregrino Querubínico”.
Toda a existência da linguagem está baseada em dualidades simbólicas: vida/morte, bem/mal, eu/isso, prazer/dor. Estes pólos opostos são mutuamente referentes, validando-se em um relação de reciprocidade. Muito embora os símbolos mereçam ser celebrados (e não obedecidos), não é proveitoso esquecer que sua finalidade mais importante é apontar para a sua própria superação no que alguns chamaram de união dos opostos.
Os símbolos não são a realidade para que apontam, o mapa certamente não é o território. A linguagem, que é composta de símbolos, é uma espécie de cercado auto-referencial e os jogos e discussões sutis que enseja só fazem sentido dentro do seu próprio conjunto de regras. Entretanto, a realidade, violenta por natureza, tem o poder de passar ao largo destas regras auto-referenciais, inundando o cercado da linguagem com suas sensualidades e circunvoluções muito mais plenas, fluidas e caóticas do que faria supor a mera assimilação automática das palavras.
Há um desvão (outros prefeririam falar em abismo de misericórdia, vazio, silêncio) entre o regramento da linguagem e a realidade. Este limiar é inicialmente imperceptível, pois para cada objeto no mundo parece corresponder uma palavra e vice-versa. Mas é justamente esta pressuposição de que cada objeto é uma palavra que constitui o erro, o fundamento próprio da ilusão. A “teia” linguística assim formada e cada palavra que a integra, interpõe uma espécie de membrana que entope a passagem para uma intuição mais essencial e iminente da realidade.
Levando em consideração que as palavras não são a própria realidade para que apontam, a palavra Deus, por exemplo, tem o condão de hipnotizar a mente e chega mesmo a esconder uma realidade que sim, poderia ser chamada de Deus, mas é uma realidade tão viva, presente e complexa em seus relevos, nuances, territórios, vãos, desvãos, peculiaridades, carnes, veias, artérias, acidentes geográficos, enfim uma realidade tão iminente que seria um atentado colocar em discussão a existência ou não de Deus. A iminência é toda o máximo da expressividade. O mais longe que se pode chegar com este tipo de discussão é à conclusão pela existência ou não de um símbolo, de uma palavra: neste caso a palavra Deus. Cai por terra a discussão se Deus existe porque a própria realidade para que aponta a discussão a repele. A repele justamente porque é a realidade e não o instrumento, ou o cercado de regras que aludem mais ou menos arbitrariamente para a realidade.
Ao se colocar em relevo a realidade para que aponta a discussão se Deus existe ou não, não se quer em absoluto dizer que esta realidade é Deus. Dizer que esta realidade é Deus é dizer que esta realidade é uma palavra, é dizer em outros termos que o dedo que aponta para a lua é a lua. Neste sentido Deus não existe como também não existem quaisquer outras palavras ou conjunto de palavras enquanto realidades fora de seu próprio sistema auto-referencial: morte, vida, amor, medo, “o livro está sobre a mesa”, etc.
Por analogia, todas as demais categorias caem, dissolvem-se, relativizam-se frente a transcendência dos opostos. Tornam-se sem importância as grandes questões como vida depois da morte, bem como o próprio dualismo vida/morte, a questão do bem/mal, o dualismo entre sujeito e objeto, prazer e dor. A melhor resposta para as indagações que se refiram a estas questões é a dissolução natural da própria pergunta, que se dá ante a iminência absoluta do silêncio.
Onde é minha moradia? Onde nem eu nem tu estejamos.
Onde está meu fim último ao qual devo chegar?
Lá onde nenhum fim se encontra. Então para onde me voltar?
Devo tender para além de Deus, para um deserto.
-Angelus Silesius,
“O Peregrino Querubínico”.
Toda a existência da linguagem está baseada em dualidades simbólicas: vida/morte, bem/mal, eu/isso, prazer/dor. Estes pólos opostos são mutuamente referentes, validando-se em um relação de reciprocidade. Muito embora os símbolos mereçam ser celebrados (e não obedecidos), não é proveitoso esquecer que sua finalidade mais importante é apontar para a sua própria superação no que alguns chamaram de união dos opostos.
Os símbolos não são a realidade para que apontam, o mapa certamente não é o território. A linguagem, que é composta de símbolos, é uma espécie de cercado auto-referencial e os jogos e discussões sutis que enseja só fazem sentido dentro do seu próprio conjunto de regras. Entretanto, a realidade, violenta por natureza, tem o poder de passar ao largo destas regras auto-referenciais, inundando o cercado da linguagem com suas sensualidades e circunvoluções muito mais plenas, fluidas e caóticas do que faria supor a mera assimilação automática das palavras.
Há um desvão (outros prefeririam falar em abismo de misericórdia, vazio, silêncio) entre o regramento da linguagem e a realidade. Este limiar é inicialmente imperceptível, pois para cada objeto no mundo parece corresponder uma palavra e vice-versa. Mas é justamente esta pressuposição de que cada objeto é uma palavra que constitui o erro, o fundamento próprio da ilusão. A “teia” linguística assim formada e cada palavra que a integra, interpõe uma espécie de membrana que entope a passagem para uma intuição mais essencial e iminente da realidade.
Levando em consideração que as palavras não são a própria realidade para que apontam, a palavra Deus, por exemplo, tem o condão de hipnotizar a mente e chega mesmo a esconder uma realidade que sim, poderia ser chamada de Deus, mas é uma realidade tão viva, presente e complexa em seus relevos, nuances, territórios, vãos, desvãos, peculiaridades, carnes, veias, artérias, acidentes geográficos, enfim uma realidade tão iminente que seria um atentado colocar em discussão a existência ou não de Deus. A iminência é toda o máximo da expressividade. O mais longe que se pode chegar com este tipo de discussão é à conclusão pela existência ou não de um símbolo, de uma palavra: neste caso a palavra Deus. Cai por terra a discussão se Deus existe porque a própria realidade para que aponta a discussão a repele. A repele justamente porque é a realidade e não o instrumento, ou o cercado de regras que aludem mais ou menos arbitrariamente para a realidade.
Ao se colocar em relevo a realidade para que aponta a discussão se Deus existe ou não, não se quer em absoluto dizer que esta realidade é Deus. Dizer que esta realidade é Deus é dizer que esta realidade é uma palavra, é dizer em outros termos que o dedo que aponta para a lua é a lua. Neste sentido Deus não existe como também não existem quaisquer outras palavras ou conjunto de palavras enquanto realidades fora de seu próprio sistema auto-referencial: morte, vida, amor, medo, “o livro está sobre a mesa”, etc.
Por analogia, todas as demais categorias caem, dissolvem-se, relativizam-se frente a transcendência dos opostos. Tornam-se sem importância as grandes questões como vida depois da morte, bem como o próprio dualismo vida/morte, a questão do bem/mal, o dualismo entre sujeito e objeto, prazer e dor. A melhor resposta para as indagações que se refiram a estas questões é a dissolução natural da própria pergunta, que se dá ante a iminência absoluta do silêncio.
1.10.08
Isto não é um jogo, então pare de perder!
por Janos Biro
- Você não vai entender enquanto continuar tentando entender.
- Você não vai entender se não tentar entender.
- Você não vai entender, entende?
- Você entendeu mal a última frase.
- Você mal entendeu o que eu disse depois disso.
- Você pulou uma linha e nem percebeu.
- Você se desentendeu logo no início.
- Você nunca quis entender, e se quisesse entenderia menos.
- Você é apenas uma palavra. Palavras não entendem coisas.
- Você ainda não entendeu o que significa você.
- Você é tão desentendido que acha que você é você mesmo.
- Você não vai entender enquanto continuar tentando entender.
- Você não vai entender se não tentar entender.
- Você não vai entender, entende?
- Você entendeu mal a última frase.
- Você mal entendeu o que eu disse depois disso.
- Você pulou uma linha e nem percebeu.
- Você se desentendeu logo no início.
- Você nunca quis entender, e se quisesse entenderia menos.
- Você é apenas uma palavra. Palavras não entendem coisas.
- Você ainda não entendeu o que significa você.
- Você é tão desentendido que acha que você é você mesmo.
Resposta ao Manifesto de Repúdio
Nós, criaturas mutantes, sob as palavras de Rev. BobÉris, vulgo Iquiz, desejamos expressar nossas sinceras desculpas por ter manifestado tal opinião de viez conflituoso referente a divisões de pontos de vista. À luz de uma análise mais detalhada observamos que estávamos enganados e desejamos não mais do que harmonia entre os seres dessa comunidade.
Sociedade Mutante do Eterno Glub Glub
Sob as letras de Rev. BobÉris,
Namastê
Sociedade Mutante do Eterno Glub Glub
Sob as letras de Rev. BobÉris,
Namastê
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