DISCORDIANOS GLAMOROSOS

Você já deve ter perguntado a sim mesmo se existem discordianos ricos e famosos. Se existem discordianos felizes. Se existe fofocas nos círculos discordianos. Se discordianos defecam e urinam.

Existe uma orla de discordianos ocultos, da qual já foi dissertado em outro momento. No oriente médio existe um clube dentro de um Hotel de Shakes ricos e felizes. Eles são discordianos desde 2001. Eles não assumem, iguais aos maçons.

Eles compram barcos de vela para queimar na virada do ano novo agradecendo a deusa Éris. Outros compram um time de futebol para presentear a Deusa. Eles não colam adesivos de “foi Éris quem me deu”. Eles dão coisas para Éris.

A deusa usa uma camisa de patrocínio com os nomes e marcas desses discordianos glamorosos. Quando você ver e conversar com Éris, note no canto direito da camisa dela o nome de um dos Shakes. Um dos nomes possíveis de ver na gola é o nome Dilma Rousseff.

Discordianos glamorosos não ficam se mostrando por ai. Nem todos são inteligentes, outros simplesmente venderam a alma para a Deusa, mas não são considerados discordianos.

A tendência é que esses discordianos se extinguem até fundarem a sua própria paródia de religião e então montar uma banda pop e estourar na mídia.

Triste fim. 

A Alma Mais Independente do Mundo

por Sophia Losterh

Ele, que é independente demais para ter nome, decidiu assim para não depender de ser chamado para ir ou vir. Também decidiu não ter sobrenome, para que não exista um grupo que dependesse de carinho e afeto - muito, muito menos, de justificativas.

 Ele que demole sua casa, rasga seus livros, queima suas roupas e tem a ele mesmo como seu próprio deus. Que redefine as leis da física e medita em cima da caixa de som (feita de suas costelas) na sua própria turnê heavy metal (a turnê, de um homem só).
 
Que deflora a mulher mais linda, que ele mesmo pare. Que come doce, do qual seu próprio sêmen é o açúcar, a gema, a farinha e os demais ingredientes.
 
Que de seus cabelos provê a mais inebriante das drogas. Que é traficante de si mesmo, é seu próprio puto, sua própria vergonha, sua própria mãe, pai e filhos.
 
Ele, que é tão livre, que tem um infinito só seu pra se prender.

Ele, que corre tanto que é o próprio campeão de sua maratona, na qual corre sozinho. Sem ninguém para lhe oferecer um copo d'agua.

Que toca violino, violoncelo e contrabaixo feito de seus dentes. Que abraça todas as causas carentes do seu mundo só, tão colorido e vazio quanto se possa imaginar.

A alma mais independente do mundo. Entre quatro paredes, quatro polos; andando sozinho no meio de multidões.